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Cuidados nos casos de intoxicação por animais peçonhentos na APS: conheça o tema abordado em capacitação da UNA-SUS/UFMA

O curso “Cuidado em casos de mordedura de animais e intoxicação por animais peçonhentos, plantas tóxicas e medicamentos” está com inscrições abertas até 11 agosto.

Quadros de mordedura de animais e intoxicação por animais peçonhentos são queixas comuns no atendimento à demanda espontânea na Atenção Primária à Saúde (APS). Por isso, é fundamental o preparo das equipes da Unidade Básica de Saúde, uma vez que essas emergências podem ameaçar a vida se não forem cuidadas adequadamente.

Com o intuito de contribuir com a formação de profissionais prepará-los para um melhor atendimento na APS, a UNA-SUS/UFMA disponibiliza o curso "Cuidado em casos de mordedura de animais e intoxicação por animais peçonhentos, plantas tóxicas e medicamentos" com inscrições abertas até o dia 11 de agosto.

O curso é voltado a veterinários, gestores que atuam na Atenção Primária à Saúde, especialmente médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, acadêmicos e demais interessados na temática. O conteúdo aborda o processo de classificação de risco e vulnerabilidades para a melhor organização do fluxo de trabalho das equipes na APS e reconhecer os cuidados pertinentes aos casos relacionados com a temática.

Dados epidemiológicos sobre intoxicação por animais peçonhentos 

De acordo com um artigo publicado na Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste (REVRENE), os acidentes por animais peçonhentos são a segunda causa de notificação epidemiológica nos centros de informações e assistência toxicológica (CIAT) existentes no Brasil. Dados do Sistema Nacional de Informações Toxico-Farmacológicas (SINITOX) revelam que, no ano de 2009, foram registrados 7.076 acidentes por animais peçonhentos na região Sul do Brasil, representando 31,6% das intoxicações registradas nesta região. Já os dados mais recentes mostram que só no ano de 2021, foram registrados mais de 257 mil casos no país.

Apesar de representarem um problema de saúde pública nos países tropicais, os dados epidemiológicos no Brasil ainda são inconsistentes, com subnotificação dos casos ou informações colhidas com omissões. 

Animais peçonhentos possuem um aparelho inoculador de veneno especializado, podendo injetar no homem e em outros animais substâncias tóxicas ou venenosas denominadas peçonha. No Brasil, os maiores causadores de acidente humano são escorpiões, aranhas, serpentes, abelhas, vespas, marimbondos e arraias.

Os acidentes por animais peçonhentos devem ser atendidos em unidades equipadas para atenção às urgências clínicas, não só pela rapidez exigida na neutralização das toxinas inoculadas durante o acidente, como também pela frequente necessidade de introdução de medidas de sustentação das condições vitais dos acidentados. É necessário procurar imediatamente o serviço de saúde, com o intuito de se definir precocemente o diagnóstico, uma vez que o intervalo de tempo entre o acidente e o estabelecimento do tratamento tem associação direta com a gravidade e o prognóstico do acidente.

Casos de mordeduras por animais e intoxicação aguda por animais peçonhentos, plantas tóxicas e medicamentos são comuns nas Unidades de Atenção e demandam estratégias de atendimento específicas. Após o curso, o estudante compreenderá o processo de classificação de risco e vulnerabilidades para a organização do fluxo de trabalho das equipes de saúde e reconhecerá os cuidados relacionados aos casos de mordeduras por animais e intoxicação aguda por animais peçonhentos, plantas tóxicas e medicamentos.

Outras temáticas abordadas 

O curso aborda ainda medidas de promoção e prevenção em casos de mordedura de animais e intoxicação aguda por plantas tóxicas e medicamentos; mecanismos de ação e manifestações clínicas das intoxicações causadas por animais peçonhentos e estratégias de prevenção e vigilância para casos de acidentes por animais peçonhentos; intoxicação aguda causada por medicamentos; e fluxo de classificação de risco/vulnerabilidades do paciente com história de exposição à substância tóxica.

A capacitação é fruto da parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Maranhão, por meio da Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS/UFMA) e Grupo SAITE (CNPq/UFMA). O certificado é gratuito e validado pela UFMA.

Os interessados podem realizar a inscrição até o dia 11 de agosto por meio do site unasus.ufma.br. A capacitação visa aprimorar os conhecimentos dos profissionais de saúde, contribuindo para um atendimento qualificado e eficiente no cuidado de vítimas de intoxicação na Atenção Primária à Saúde.

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Data de Publicação: 23/05/2023