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Dia Mundial da Poliomielite: fisiopatologia e reabilitação da pessoa com Síndrome Pós-Poliomielite são temas de curso disponível na UNA-SUS/UFMA
O curso é gratuito, autoinstrucional e com certificação.
Em alusão ao Dia Mundial da Poliomielite, celebrado na terça-feira, 24, a UNA-SUS/UFMA destaca os esforços globais para eliminar a poliomielite e a importância de cuidadores, profissionais de saúde e voluntários que são fundamentais no cuidado e reabilitação desses indivíduos. Dessa maneira, a UNA-SUS/UFMA oferta o curso “Atenção à reabilitação da Pessoa com Síndrome Pós-Poliomielite”, com inscrições abertas no ambiente virtual de aprendizagem.
Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde ausência de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. Pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, fazendo com a doença passe despercebida.
No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza/PB. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio (VOP). O país recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994.
Temáticas da capacitação – Entre as temáticas abordadas nos diversos recursos disponíveis, o curso traz a fisiopatologia e reabilitação da síndrome pós-poliomielite, que destaca os processos fisiológicos desordenados que causam doenças ou lesões em um indivíduo, investigando as mudanças anormais nas funções corporais que são as causas, ou consequências de distúrbios físicos, mentais ou psicofisiológicos da síndrome.
Entender como ocorre a fisiopatologia da doença é essencial para uma melhor abordagem na avaliação clínica e confirmação do diagnóstico clínico da Síndrome Pós-poliomielite (SPP), imprescindível para entender a doença. Quando o poliovírus invade os neurônios motores, ocorre um processo inflamatório que pode levar à morte ou danos dessas células. Isso resulta na degeneração walleriana e nas fibras musculares "órfãs", causando fraqueza e atrofia muscular.
A localização e gravidade da paralisia dependem da extensão da lesão neuronal. Durante o processo de recuperação, os neurônios motores restantes podem elaborar novas ramificações e reinervar as fibras musculares órfãs, permitindo a recuperação da capacidade de contração muscular e melhorar a força, como aponta o material disponível no curso e as diretrizes de atenção à pessoa com SPP, do Ministério da Saúde.
O tratamento inicia-se com o diagnóstico e, em seguida, são introduzidas medidas terapêuticas. As bases terapêuticas fundamentais envolvem a mudança e aquisição de novos hábitos, a realização de atividades físicas que poupem energia desnecessária, o tratamento preventivo do comprometimento das unidades motoras e a aplicação de tratamentos sintomáticos, tanto farmacológicos quanto não farmacológicos, incluindo práticas integrativas e complementares. O objetivo é melhorar diversas funções e aliviar sintomas limitantes.
O público-alvo do curso são profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e estão envolvidos na reabilitação de pessoas com deficiência, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, cirurgiões-dentistas e gestores dos serviços de reabilitação.
A oportunidade educacional é fruto da parceria entre o Ministério da Saúde, por intermédio da Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência (CGSPD/DAET/SAES/MS) e a UFMA, por meio da Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e Grupo SAITE (CNPq/UFMA).
Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.