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No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado nesta terça, 10, a UNA-SUS/UFMA ressalta a importância do suporte psicossocial para pessoas com autismo e da qualificação profissional das equipes de saúde que atuam nessa linha de cuidado, com atenção especial ao público infantil. De acordo com estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP em parceria com universidades internacionais, crianças com essa condição têm mais chances de apresentar sintomas depressivos ao longo da vida.

A pesquisa examinou uma extensa base de dados provenientes de análises populacionais da sociedade britânica a fim de detectar se crianças com comportamentos correspondentes ao autismo (o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, TDAH, também foi abordado nesse estudo) estariam mais propensas a desenvolver quadros depressivos na adolescência e na fase adulta. Essa análise se baseou na hipótese de especialistas que haviam observado essa associação em suas experiências clínicas.

Considerada promissora, a pesquisa indicou que a ligação entre esses transtornos e manifestações psiquiátricas posteriores tem suas raízes nos déficits de desenvolvimento comuns ao autismo e ao TDAH, como dificuldade em lidar com conflitos e padrões restritivos de interação, que podem levar a barreiras nos relacionamentos interpessoais e frustrações no desempenho educacional.

Apesar das descobertas do estudo indicarem possíveis medidas para reduzir essa associação, especialistas destacam a importância de não considerar os resultados como conclusivos, mas sim como um estímulo para a realização de pesquisas adicionais nessa esfera. Paralelamente, enfatizam que a redução da relação entre Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e depressão começa com a promoção de uma sociedade mais inclusiva e atenta às necessidades de crianças com essas condições, quer seja no contexto escolar ou no seio familiar.

Para saber mais sobre as implicações do estudo, a perspectiva dos pesquisadores e as estratégias de apoio a esses pacientes, clique aqui.

Capacitação gratuita na área

Conhecer a história e epidemiologia do autismo, bem como o acompanhamento e atendimento da pessoa com TEA no SUS, com enfoque na habilitação e reabilitação desse indivíduo para a sua efetiva inclusão na sociedade, são temas abordados no curso “Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo”, ofertado pela UFMA dentro da Rede UNA-SUS.

A oferta educacional tem como público-alvo profissionais que atuam no SUS, envolvidos na assistência e reabilitação de pessoas com deficiência, além de profissionais de nível técnico, acadêmicos e demais interessados na temática abordada na capacitação. As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de outubro no ambiente virtual de aprendizagem – o SaiteAva. O curso é livre, gratuito e o acesso aos conteúdos é imediato.

Para auxiliar o cursista no percurso instrucional, a capacitação vem acompanhada de diversos recursos, o que torna a experiência educacional mais dinâmica e interativa. Estão presentes no curso materiais como e-books, recurso multimídia, quiz interativo, infográfico, podcast, material em PDF e games. 

Os games merecem uma atenção especial. Com o objetivo de criar a melhor experiência de qualificação em cursos não tutorados, a UNA-SUS/UFMA utiliza a gamificação como uma forma de aprendizado que simula a prática clínica e favorece o conhecimento prático.

“Essa metodologia estimula e desenvolve a tomada de decisão do profissional ao simular situações de atendimento realísticas. A presença dos familiares, a entrevista com os pais e o momento de comunicar o diagnóstico, por exemplo, são explorados nesse recurso”, relata Ana Emilia Figueiredo de Oliveira, coordenadora geral da UNA-SUS/UFMA.

A capacitação é fruto da parceria entre a Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), UNA-SUS e Ministério da Saúde. O certificado é gratuito e a emissão é feita no próprio ambiente virtual da oferta.

Com informações de O Globo.