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A triagem neonatal é uma importante ação preventiva para o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou infecciosas assintomáticas durante a gestação. Para compreender os impactos, a epidemiologia e os indicadores de risco dessas deficiências, assim como o desenvolvimento da criança antes e após os testes de triagens neonatais, a UNA-SUS/UFMA segue com inscrições abertas para o curso “Atenção na identificação precoce de deficiências em crianças por meio de Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e Triagem Ocular Neonatal (TON)”. A capacitação tem início imediato e as matrículas podem ser realizadas até o dia 31 de outubro.

O número de casos de deficiências auditivas e visuais em crianças é relevante em diversos países e, de acordo com especialistas, uma parte considerável desses diagnósticos poderiam ser evitados caso estratégias de intervenção precoce fossem implementadas nos primeiros dias de vida dos recém-nascidos. TAN e TON: entenda – A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e a Triagem Ocular Neonatal (TON) têm como objetivo identificar precocemente deficiência auditiva e visual nos neonatos e lactentes. Os exames devem ser realizados nos primeiros dias de vida (24h a 48h), ainda na maternidade e no máximo durante o primeiro mês de vida.

No caso de deficiência auditiva permanente, o diagnóstico funcional e a intervenção iniciados antes dos seis meses de vida da criança possibilitam, em geral, melhores resultados para o desenvolvimento da função auditiva, linguagem, fala, processo de aprendizagem e consequentemente a inclusão no mercado de trabalho e melhor qualidade de vida.

A Triagem Auditiva Neonatal faz parte de um conjunto de ações que devem ser realizadas para a atenção integral à saúde auditiva na infância. Dessa forma, a TAN deve estar integrada à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e às ações de acompanhamento materno-infantil. Também é de extrema importância a articulação, capacitação e integração com a atenção básica, para garantir o monitoramento e acompanhamento do desenvolvimento da audição e da linguagem e para a adesão aos encaminhamentos para serviços especializados.

A Triagem Ocular Neonatal, também conhecida como Teste do Olhinho, deve fazer parte do exame físico do recém-nascido e ser realizada ainda na maternidade, por meio de inspeção dos olhos e realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV) da retina, com o uso do oftalmoscópio ou de instrumento, como caneta de luz. Esses exames visam à identificação, em tempo oportuno, de situações de risco e agravos que podem ocasionar deficiência visual, tais como catarata congênita e outros transtornos oculares congênitos e hereditários.

Capacitação profissional – Com carga horária de 30 horas, o curso é gratuito e ofertado na modalidade a distância com metodologia autoinstrucional, ou seja, sem a mediação de tutores. O público-alvo são profissionais que atuam no SUS envolvidos no cuidado à pessoa com deficiência, tais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e cirurgiões-dentistas; além de profissionais de nível técnico, acadêmicos e demais interessados nas temáticas abordadas.

Entre os conteúdos abordados, destaca-se: TAN e TON: conceitos, finalidades, rede de atenção, período de realização e indicadores de qualidade dos exames; Etapas dos testes de TAN e TON; Marcos do desenvolvimento da infância: aspectos auditivos e visuais; Registros de resultados e controle dos encaminhamentos.

A oferta educacional é fruto da parceria entre a Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), por meio da Universidade Aberta do SUS da Universidade Federal do Maranhão (UNA-SUS/UFMA) e Ministério da Saúde - por intermédio da Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência (CGSPD/MS).