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A Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde da Universidade Federal do Maranhão (UNA-SUS/UFMA) oferta o Programa “Assistência Odontológica para Pacientes com DCNT na Atenção Primária”, que já ultrapassou mais de 50 mil matrículas no ambiente virtual de aprendizagem. O Programa foi lançado em 2020 e conta com quatro cursos com matrículas abertas até 9 de fevereiro.

O Programa de Formação sobre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) atende aos seguintes eixos temáticos: Doenças Respiratórias Crônicas; Diabetes, Hipertensão e Doença Renal Crônica; Doenças Cardiovasculares; e Pacientes com Câncer. Os cursos são gratuitos, têm início imediato e são ofertados na modalidade a distância. A oferta tem como público-alvo profissionais e estudantes de odontologia, além de demais interessados nas temáticas.

As inscrições estão abertas até 9 de fevereiro por meio do site unasus.ufma.br. Os estudantes têm até o dia 9 de março para concluir o curso e obter certificado gratuito e validado pela UFMA.

O Programa é fruto da parceria entre a Rede UNA-SUS, por meio da DTED/UFMA, e Ministério da Saúde, com colaboração da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP) e do Programa de Pós-graduação em Odontologia (PPGO) da UFMA, com ênfase no cuidado em saúde bucal, na compreensão e estruturação dos serviços de assistência odontológica e no trabalho da equipe de Atenção Primária em Saúde a partir de diferentes abordagens e situações de atendimento nessa linha de cuidado.

Para a diretora da Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), Ana Emilia Figueiredo de Oliveira, as ofertas atendem com excelência o trabalho de aperfeiçoamento dos profissionais na promoção da saúde bucal que, consequentemente, impacta de forma positiva a saúde do país. 

“Multiplicar conhecimento é a chave do desenvolvimento na sociedade. Com o uso de tecnologias inovadoras na EaD, oportunizamos que às pessoas atuem como multiplicadores de conhecimento qualificados na área de odontologia, enfatizando o cuidado especializado e integrativo no SUS”, observou Ana Emilia, que também é coordenadora da UNA-SUS/UFMA.  

Sobre as DCNT

As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por aproximadamente 70% dos óbitos a nível mundial - sendo que em torno de 16 milhões de pessoas são vítimas de morte prematura, entre 30 e 69 anos, a cada ano - contribuindo significativamente para o desenvolvimento de incapacidades e na perda de qualidade de vida da população. No Brasil, essas doenças correspondem a 72% das causas de morte. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 52% da população com 18 anos ou mais afirma ter recebido o diagnóstico de ao menos uma doença crônica no ano de 2019.

A complexidade desse cenário requer atenção integral e longitudinal nos diversos pontos da rede de serviços, a necessidade de cuidado coordenado e articulado nos diferentes níveis de atenção, que tem importante centralidade na APS. Cabe lembrar que o manejo adequado conduzido pela APS pode evitar hospitalizações e maiores complicações relacionadas às DCNT. Nesse sentido, é necessário ofertar espaços de articulação e discussão para debater a qualificação do cuidado das DCNT no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na APS.